segunda-feira, 23 de março de 2015

Conto - Pele dourada [+18]

NOTAS
O dia estava lindo, céu azul e quente, muito quente, o sol queimava a pele, mas vez ou outra batia um vento que refrigerava o ambiente, meu estande de livros era pequena e ocupava um local perto do lago nas redondezas do parque Ibirapuera. Em uma das rajadas de vento, olhei para o lago, me imaginei nadando e como estaria fresco a água, então alguém me chamou:
     - Victor! – uma voz doce e grave, estava rouca.
     Era uma linda garota, cabelos loiros, pareciam ter luzes, e a pele um pouco dourada, corada pelo Sol.
     - Lindo desse jeito e ainda escritor?
     Fiquei corado e a olhei nos olhos – eu gostava de olhos, ainda mais dos olhos das lindas garotas douradas – e eles eram tão lindos quanto ela e sua pele.
     - Tudo bem Senhor Victor? – perguntou enquanto me cumprimentava com um beijinho no rosto.
     Eu não sabia o que dizer. Há tempos que uma garota bonita assim não vinha até mim – não é verdade absoluta, mas gosto de dar ênfase a minha vitimização, pois isso torna a mulher exclusiva enquanto escrevo.
     - Olá...
     - Desculpe, não me apresentei, me chamo Gabrielle, mas pode me chamar de Gabi. – piscou para mim.
     - Bom dia... – respondi envergonhado.
     Sempre fora difícil ser pego desprevenido pelo sexo oposto, eu não era reservado a ponto de não conseguir me relacionar, mas minha depravação demorava a vir à tona. 
     - Então, eu sou do Guarujá, litoral!
     - O que faz por aqui? Não tem nenhuma praia ao redor. – brinquei.
     - Vim pegar um livro teu autografado! – piscou novamente.
     - Hum, não acredito, tu veio até mim por um livro autografado? – desconfiei de suas palavras.
     - Acredite – piscou, a garota era a rainha das piscadas.
- Hum, tudo bem, aqui está.
     Peguei um livro no estande para autografar, mas ela me deteve.
     - Nada disso, eu tenho o meu próprio, aqui está, toma!
     Ela trazia no ombro uma pequena bolsa bege, do estilo hippie, e tinha pulseiras de reggae. Seu jeitinho maroto era tranquilo e sem compromisso algum. Peguei o livro e Assinei na contracapa, e fiz um desenho improvisado de dois olhos penetrantes, como os dela e entreguei-a.
     - Nossa, muito bonito, obrigada. – sorriu.
     Me deu outro abraço e eu pude sentir seu cheiro de mar, era tranquilizador, ouvi o barulho das ondas, senti meu pé se afundando na areia, as conchas no raso, o sol no centro do céu pulsando calor sobre nossas cabeças, e a maré... senti uma paz muito grande naqueles braços dourados.
     - Vai escrever algum romance ou continuará nos contos?
     - Estou escrevendo um, é sobre um casal que começa a namorar e sofrem um acidente e perdem a memória juntos...
     - Bem legal, sou viciada em romances, tem algo ai dele para eu ler?
     - Tenho o resumo, mas está em casa guria.
     - Podemos ir buscar?
     Corei.
     - Assim, você mostra para qualquer pessoa? – ela tentou consertar o autoconvite.
     Como era ingênua, não precisava consertar nada, o que mais senti vontade naquele momento era de levar ela para casa e ver toda a extensão daquele corpo dourado, que refletia o sol, mas que não queimava meus olhos, era um delicia olhá-lo, eu estava com tudo.
     - Tá na minha máquina, podemos ir buscar quando eu terminar as vendas por aqui.
     Ela olhou para os livros no estande, todos amontoados, parecia que tinha bastante, mas fora um dia bom de vendas, em media de 30 a 40 vendidos, ótimo.  Os textos que eu publicava no meu canal na internet eram sobre contos adultos, fiquei inseguro por um ano enquanto montava-o para publicar, e não imaginava que fizesse um certo sucesso, e nem que uma sereia viria do mar para me prestigiar, que maré boa era aquela.
     Fitei-a nos olhos, aqueles olhos lindos, e brinquei com o momento:
     - Mas tu merece ler? Não deixo ninguém ler meus rascunhos.
    - HÁ HÁ HÁ – sorriu graciosamente – claro que mereço, sou um amor de pessoa – voltou a piscar – você vai descobrir.
     - Hum, quero só ver.
     - Tenho uma pergunta, quantos anos você tem?
     - Me fale a tua idade primeiro.
     - Tenho 17.
     - Hum.

...

     A tarde escureceu e o calor deu uma trégua, ela ajudou a guardar minhas coisas e voltamos embora. Conversamos sobre algo não tão interessante enquanto voltava, eu sempre me soltava quando chegava em casa, e assim foi dessa vez também, por que seria diferente?
     Obtive algumas informações importantes sobre a sereia, ela realmente veio da praia, era menor, não namorava, tinha sofrido bastante com relacionamentos, estava cursando o ensino médio, queria fazer Direito no ano seguinte, até que o papo ficou interessante.
     - Os escritores são descartáveis – eu disse com a voz fria.
     - Quem disse? Não são não, as pessoas são descartáveis e não importa o que elas são, porém tem as exceções, não apenas os escritores, bobinho. – piscou com um olho depois com o outro – acho que se eu disser que meus três melhores amigos são escritores, você nem acreditaria.
     - Hum, meus parabéns, amigos escritores...
     - Por que virou escritor?
     - Hum, não tive boas experiências, aí passei a apenas escrever, não vivi bons amores.
     - Jura? Quem se apaixonava? Você ou elas?
     - Eu né!
- E elas eram babacas?
     Não respondi, fiquei pensando por um tempo no que dizer, e eu não diria que eram, mas também nada saiu, e continuei assim, meu silêncio não me incomodou, e parecia que nem a ela, até que me falou:
     - Não quis ofender, desculpa. – segurou minha mão.
     - Tá tudo bem, estava apenas pensando, e não, elas não eram babacas, eu costumava trair a confiança delas, e elas pisavam em mim depois disso, e me trocavam pelos ex, ou então ficavam solteiras curtindo, nada do que eu não merecesse.
     - Não entendo vocês homens.
     Eu não entendi muito bem o que ela quis dizer com aquilo, mas a conversa continuou falando sobre decepções, mas eu tive que falar à ela.
     - Errei porque era moleque, hoje sou homem, ninguém mais sofre comigo, não por minha culpa. Depende da fase em que tu se relaciona com a pessoa, da fase de ambos, elas têm que ser compatíveis caso queira que haja harmonia e sintonia se não, será óbvio que uma hora ou outra não dará certo.
     - Meu primeiro namorado começou a namorar minha melhor amiga duas semanas depois que a gente terminou.
     - Quantos anos ele tinha?
     - A sua idade.
     Engoli seco.
     - Quantos anos tu tens mesmo? – perguntei de novo para confirmar.
     - 17.
     - A maioria dos homens amadurece bem depois... isso quando amadurecem. E tu está nova, vai aprender muito, vai quebrar muito a cara, para aprender e ficar cada vez mais forte – sorri.
     - Já quebrei a cara muitas vezes antes, estou sossegada, sei que vai acontecer, nem sinto ódio por esse ocorrido.
     - Muitas vezes? Sei como é. Vivi bastante em pouco tempo, mas isso é fase, tu ainda vai começar a viver, com 17 ainda não se tem uma vida completa.
     - Tomara. – sorriu insegura.
     - É só ter calma e escolher a pessoa certa. – desta vez fui eu quem piscou.
Ela me olhou e reclinou a cabeça para o lado.
     - Você fala como se houvesse um abismo entre nossas idades.
Limpei a garganta.
     - Apenas conselhos, imagino que devo ter vivido de forma diferente de alguém da minha idade.
     - Mas quantos anos você tem?

...

     Chegamos finalmente em casa, abri a porta e ela entrou primeiro, corajosa. A primeira garota que entrou na frente saiu pensando estar grávida - foi caoticamente engraçado - mas só rimos depois que resolvemos o problema, ou quando notamos que ele não existiu. Fechei a porta e tranquei. O barulho da chave vedando a entrada de qualquer pessoa me dava à segurança de que teria bons momentos e que dependia só de mim e das minhas mãos e boca. Minha máquina ficava logo no corredor de entrada, e ali estava o rascunho, peguei, conferi e entreguei à ela. Seus olhos verdes claros deram uma rápida passada pelo resumo e ela disse:
     - São os resumos dos capítulos?
     - Isso mesmo.
     - Mas se eu ler tudo não terá graça depois.
     - Hum...
     - Ai quando tu lançar o livro eu compro e leio, tudo bem?
     - Deixa pra lá então guria. – respondi nervoso.
     - Eu quero ler.
     - Então leia!
     - Não precisa ficar nervoso.
     - Hum... Hum...
     - Vim até aqui poxa... Relaxei e a beijei. Tinha o gosto do litoral, meio salgado e quente como a areia, a língua era macia, surfava na minha boca e a minha na dela, não queria parar de beijá-la, fiquei grudado, sem vontade alguma que acabasse, e minha mão? Nadava no teu corpo, descendo da nuca pelas costas, e fazendo a curva no teu quadril, tinha bunda redonda e formosa, apertei com a palma da mão e ela soltou um leve gemido.
     Aproximei mais meu corpo e a prendi na parede.
     A outra mão puxava seus cabelos que embaraçavam nos meus dedos, sua perna se levantou e eu a segurei e levantei ainda mais, ela estava de saia jeans curta, subi mais com meus dedos sobre sua coxa torneada, senti a popa da sua bunda e fiquei todo animado.
     O beijo era cada vez mais intenso, e o gosto salgado deu espaço para a profundidade do oceano, o mel da sua boca deixava meus lábios encharcados e quando as bocas se separavam ela tornava a me sugar e eu a ela.
     Ficamos trocando assim, e minha mão ia surfando nas ondas do seu corpo. Levantei as pontas da sua saia jeans e a bati de leve contra a parede, com meu corpo ainda mais colado ao dela. Seus olhos baixaram me filmando e sua mão se entrelaçou na minha cintura puxando contra si, senti o impulso e minha calça estava quase furando.
     Puxei sua calcinha para baixo, e ela levantou seus pezinhos para me ajudar, tirei, era rosa e perfumada. Com as duas mãos cravei nas suas pernas colocando ela suspensa no meu colo e a depositei lentamente no braço do sofá.
     O beijo continuava, e nossas cabeças iam de um lado para o outro, curtindo o seguimento intenso dos lábios que não se desgrudavam. Subi as mãos para seus seios por cima da sua blusinha de calor, e os apertei ao mesmo tempo, seu corpo se contorceu para trás e para frente – como uma gelatina – e tirei as duas alças até que estava sem a parte de cima, sem sutiã. Os bicos rosados apontados para mim... me chamavam e eu cai de boca, lentamente, acariciando com a língua cada um dos dois, fazendo movimentos iguais em ambos, enquanto a olhava com as vistas reclinadas sobre seu peito.
     Seus dedos cruzaram minha nuca e apertaram contra ela, minha boca engoliu boa parte do peito então perdi o fôlego, me desvencilhei e dei um súbito beijo ofegante. Meus dedos molharam no mel das suas coxas grossas, e notei que ela estava no ponto.
      Tirei minha calça num instante e peguei-a no colo, se encaixou perfeitamente, e com os braços firmes a levantava e descia, levantava e descia, como na academia, e nossas bocas continuavam coladas.
     Meus braços ficaram cansados, então gentilmente a coloquei no chão, seus pezinhos que estavam quentes tocaram o piso gelado e ela deu um suspiro gracioso, fiquei ainda com mais tesão e explodi, o lobo me tomou. Arranquei seu saia jeans e joguei longe, a abracei forte e beijei com fúria, foi rápido, tirei minha boca a deixando querendo mais e a virei de costas e empurrei para a parede, ela se apoiou com as duas mãos para não cair, e eu fora de mim uivando de prazer, me posicionei habilidosamente atrás dela segurando seu quadril com as mãos determinadas, feito garras de lobo, e penetrei gostoso.
     Inclinei suas costas e dei alguns passos para trás, de modo que ela ficasse com os braços esticados acima da cabeça segurando a parede com o corpo inclinado para trás encaixado no meu que penetrava vagarosamente, com muita energia e desenvoltura. A noite não era das mais silenciosas, músicas agitadas tocavam lá fora na vizinhança, minha rua era movimentada no final de semana, e eu seguia o ritmo das pancadas sonoras,
bombando,
bombando,
Forte,
Sem parar,
     Às vezes penetrava com tanta força que ela dava alguns passos para frente se desequilibrando e entre gemidos contidos se endireitava cada vez mais inclinada para mim, se abaixando, toda empinada e com os olhos para o chão, se controlando de tesão, e eu bombando, e vendo o suor brotando nas suas costas.
     Fixei no teu cabelo e então estiquei o braço, peguei-o, enrolei na mão e puxei, ela ficou com a cabeça pensa para trás, e com a bunda cada vez mais arrebitada, e eu não perdoava, num encaixe perfeito rasgava aquela garota dourada.
Parecia que ela estava cansada, mas eu era insaciável, continuei penetrando, e segurei no teu quadril e fui andando para trás às cegas e sentei no sofá. Não paramos, continuei manuseando ela, agora ela descia e subia, com as palmas das mãos tocando minha coxa quando sentava, e seu cabelo flutuando enquanto subia, e assim ficou sentando e subindo, quicando e quicando.
     Me afundei no sofá e fiquei vendo aquela bunda redonda em cima de mim, era uma sereia, com curvas acentuadas – como a descida da serra.
     Nos levantamos e eu coloquei ela de quatro sobre as almofadas do sofá e me encaixei, não tinha dificuldade para penetrá-la, não importava onde estava, tudo dava certo, estava sempre na altura e eu aproveitei a maré de sorte e depositei toda minha energia, eu e ela gritávamos e gemíamos de prazer, era a sintonia mais insana que já existiu, e a vontade não se supria, pensei até que nunca iria desgrudar, e penetrei, com tanta força que ela parecia querer chorar.
     Não chorou e eu diminuí a velocidade, sentindo seus lábios me engolirem, e ela começou a rebolar, a danada ainda tinha fôlego para dar uma rebolada, muito bem, delícia.
     Mexeu bem aquele rabo grande e branco, macio e carnudo, até que comecei a sentir que chegaria lá, peguei no seu cabelo de novo, mas tinha outra finalidade, puxei e sua cabeça inclinou para cima, me estiquei e beijei sua boca, seus lábios estavam quentes e encharcados, assim como todo seu corpo, sorrimos e segurei firme os furos em cima do seu bumbum – lindo cóccix - aqueles furos de encaixe dos dedos eram formidáveis, simplesmente uma das partes mais atraentes de uma mulher.
     Procurei rapidamente a melhor posição e meti com toda disposição que poderia ter, estava cada segundo mais gostoso e quente, então metendo fundo, e ela rebolando, e eu apertando seu corpo, e entrando cada vez mais por seus lábios, e me envergando, e penetrando, e ela gemendo com aquela voz docemente rouca, e meus olhos apertando, e a velocidade diminuindo, e os corpos se colando e tornando apenas um... Pronto, chegamos lá juntos, e foi um êxtase magnífico.
      Rolei para o lado e me sentei, ela fez o mesmo e deitou sobre meu peito, sua cabeleira grudou em mim, e eu gostei, acariciei sua cabeça, respirávamos forte, e passei a pensar como seriam meus finais de semana na praia. 



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