Boa noite, todos nos precisamos de um pseudônimo.
Sexta, o dia
tinha sido puxado, o calor não dava trégua e eu à caminho da casa de Cheer. Ela
tinha mais que o dobro da minha idade, mas de que isso importava? Nos dávamos
tão bem e eu nunca havia imaginado isso com outra mulher.
Ela era de todo encanto, cabelos castanhos
avermelhados, longos, bem longos e lisos, da maneira que eu mais admirava. Era
baixa, um pouco menor do que eu, a ponto de ter que olhar para cima frente a
frente comigo. Tinha a pele branca, um pouco dourada pelo tempo, mas continuava
branca e macia, o melhor de tudo estava no rosto, os olhos eram vivos, negros e
penetrantes, me petrificava quando me fitava por horas. Suas sobrancelhas
arqueavam com suas expressões tranquilas. Teu lábio era coisa de outro mundo,
tinha um formato bem desenhado, era uma boca grande e saliente com lábios
finos, como se fosse um contorno rosa por sobre o seu rosto jovem e belo. A
maçã? Que belas maçãs!
Sou um cara que me fascino por pés
bonitos, cabelos longos e maçãs recheadas, e como a dela era, o sorriso ficava
ainda mais bonito quando se abria e levantavam as bochechas e mostrava seus
dentes em perfeito alinhamento.
Bom, depois de vê-los o que me restava era
beijá-la, beijá-la e beijá-la, fôlego não me faltava, tão pouco vontade de não
separar mais do corpo dela, que corpo... Me pergunto como ela conseguira manter
as curvas daquela maneira. Simplesmente garota, na pele de mulher, com espírito
ainda de menina. Eu não sei bem explicar, era incrivelmente bom, como eu nunca
imaginara encontrar, era intenso, era seguro, era confortável, era Cheer.
Entrei no seu apartamento, sua filha tinha
saído. Era uma adolescente de seus 16 anos, com cabelos curtos e negros,
maquiagem escura, piercing de argola no nariz e um rosto um pouco gótico, mas
não era gótica, escutava MPB, mas aparentava ser uma roqueira revoltada com a
vida.
Subimos. Seu apê tinha a parte de cima, a
cobertura, uma parte fechada e a varanda aberta, era aconchegante.
Conversávamos bastante como de costume, os
assuntos iam de trabalho até filosofia. Eu gostava de conversar com Cheer, ela
era sempre todo ouvidos, e debatia muito bem, tinha opinião forte e atual, era
toda moderna, apesar de ter quase a idade da minha mãe eu só via uma garota na
minha frente, um linda garota ruiva com um belo corpo, voz grave e sorriso
lindamente largo e estonteante. O sorriso mais lindo que já vi. Era isso que
via, garota em corpo de mulher, e mesmo assim era enxuta, vibrante e intensa,
tanto quanto eu, combinávamos.
Não demorou muito e nos atracamos, os
beijos recomeçaram suaves, com leves toques labiais e muitas trocas de olhares.
A ternura era nítida, tão nítida quanto o ar que respiramos. Ela me olhava,
seus olhos percorriam cada centímetro do meu rosto e eu só conseguia ver
aqueles lábios que de ora em ora se abriam e faziam meu mundo girar mais feliz.
Nos levantamos e ela me advertiu de que não podíamos fazer barulho pois sua
filha estava no andar de baixo. Aumentamos o som e eu a virei de costas para
mim, levantei seu vestido longo, me aproximei mais do seu corpo, senti a
quentura que começava a nos queimar, e abaixei tua calcinha, e ela tentou
impedir sem saber se faria mesmo.
- Minha filha está aí doido... não faz isso...
aiai... vai com calma... tá seco ainda... isso... humm...
Assim seria a noite toda, com rápidas e
prazerosas rodadas de amor, súbito e proibido amor. Ela se inclinava sobre os móveis
enquanto eu a sucumbia por trás. Segurava seu quadril e dançava conforme a
música, ora devagar sentindo cada segundo, ora rápido vibrando junto a ela. O
prazer era completo, suávamos e gemíamos baixo, para ninguém ouvir, era nosso
momento oculto, e assim o desejo ficava mais aguçado e o prazer ainda maior.
A noite demorava a passar, e tinha bebida
e cigarro, fomos levando como dava, ora ou outra se envolvendo silenciosamente,
mas o calor impregnou a sala, saímos para a varanda. Lá fora o vento refrescava
nossos corpos em chamas, mas nem mesmo a vizinhança me acanhou. Depois de
beijá-la a força, virei-a novamente e subi seu vestido, ela segurou sobre a máquina
de lavar e ao ar livre a penetrei, a sensação de sentir o vento nos tocando, e
o fogo queimando ao mesmo tempo era descomunal.
Estava viciado no teu corpo, no teu sexo,
em amá-la, estava tomado feito um louco por adentrá-la e percorrer teus
caminhos mais ocultos. Segurava com firmeza sua cintura, ela não conseguia
escapar, tão pouco queria isso, estava tomada pelo vício assim como eu.
Rebolava e mexia com delicadeza sobre mim, eu guiava alternando a velocidade e
ela me chamava de louco.
- Seu doido, aqui fora... alguém vai
ver...seu doido... ai... continua... Mesmo que ela
tentasse me parar eu não iria parar, não tinha como desgrudar, aquela fora a
noite que mais enlouqueci e meti. Alternávamos entre beber, conversar e fumar e
logo levantávamos para meter. Não tinha maneira de fugir disso, a qualquer
momento estávamos grudados. Ela sempre de costas, na ponta dos pés, se curvando
para mim, e mexendo o quadril, e eu me mantendo em pé com todo o gás que tinha,
indo e vindo, dançando junto com a noite que seguia tranquila.
O céu estava escuro, não tinha como ver as
estrelas porque o tempo estava esfriando e com neblina. Fomos para o muro que
dava para a avenida, e com uma bela visão da cidade, encostei-me à parede, inclinei o corpo dela e
levantei seu vestido, ela se encaixou em mim como se sentasse no meu colo ainda
de pé, e com os joelhos flexionados continuamos a matar aquela insana vontade.
Era puro desejo, fora do normal, não cansei, não parei, não tinha término,
prazer a todo o momento, e cada penetração era como se fosse a primeira vez.
- Nossa, quem diria... está me surpreendendo,
você não para... quanto fôlego! – ela dizia.
Enquanto fumávamos, explicava a Cheer que
tinha uma maneira inteligente de fumar, e isso era não tragar, eu não tragava.
Pode parecer bobo, até mesmo idiota colocar um cigarro na boca e não tragar,
muitos diriam que isso nem era fumar de verdade, mas meu pulmão agradecia e me
livrava do estresse, assim como quem tragava e morria aos poucos. Ela tirou
sarro no começo, mas passou a entender a ideia. Então de repente, lá estávamos
nós, ela de costas com o vestido levantado e eu por trás, com as mãos firmes na
sua cintura, beijando teu pescoço e sentindo mais uma vez a quentura do teu
corpo.
Esqueci de mencionar que a bunda de Cheer
fora a mais linda que já vi e senti. Era grande, ancuda, branca e macia. Se
encaixava que era uma beleza, subia e descia, chacoalhava, se exprimia contra
meu quadril e me deixava louco, cada vez mais louco. Quando ela estava de
costas eu não parava de olhar e me admirar por aquelas curvas, eram minhas, só
minhas. Rebolando, apertando-se, mexendo com tranquilidade, a noite não
terminaria tão cedo, e seu vestido não se abaixaria mais, era meu local, nosso
prazer.
Nos grudamos mais de 20 vezes naquela
noite, em todo os lugares da varanda e da sala, a noite se foi e a madrugada
pesava os olhos. Fomos deitar, e antes de dormir ainda demos mais uma. Quando
me deitei senti o corpo se estagnar, tinha feito muito exercício, e estava
surrado. O colchão era de ótima qualidade, me afundei e ela deitou em meu
peito, trocamos alguns beijos e logo adormeci.
Pela manhã ela queria mais, eu mal acordei
e logo nos atracamos. Cheer estava atrasada para ir trabalhar então tive que
avançar os processos. Café tomado e pé na rua. Voltava embora em mais um sábado
de ressaca leve, e brisa solar.
Sozinho, tropeçando nas pedras e refletindo
sobre tudo e nada. A vida era fácil, e eu gostava daquilo, já tive momentos
difíceis e por isso eu dava valor quando algo de bom me acontecia. Vi Cheer
acenar para mim dentro do carro da sua amiga, ela se foi e eu segui meu rumo,
sabendo que logo a encontraria de novo, e nossas seções de amor proibido se
repetiriam, estava ansioso por esse dia.
OBRIGADO!
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