segunda-feira, 23 de março de 2015

Conto - Pele dourada [+18]

NOTAS
O dia estava lindo, céu azul e quente, muito quente, o sol queimava a pele, mas vez ou outra batia um vento que refrigerava o ambiente, meu estande de livros era pequena e ocupava um local perto do lago nas redondezas do parque Ibirapuera. Em uma das rajadas de vento, olhei para o lago, me imaginei nadando e como estaria fresco a água, então alguém me chamou:
     - Victor! – uma voz doce e grave, estava rouca.
     Era uma linda garota, cabelos loiros, pareciam ter luzes, e a pele um pouco dourada, corada pelo Sol.
     - Lindo desse jeito e ainda escritor?
     Fiquei corado e a olhei nos olhos – eu gostava de olhos, ainda mais dos olhos das lindas garotas douradas – e eles eram tão lindos quanto ela e sua pele.
     - Tudo bem Senhor Victor? – perguntou enquanto me cumprimentava com um beijinho no rosto.
     Eu não sabia o que dizer. Há tempos que uma garota bonita assim não vinha até mim – não é verdade absoluta, mas gosto de dar ênfase a minha vitimização, pois isso torna a mulher exclusiva enquanto escrevo.
     - Olá...
     - Desculpe, não me apresentei, me chamo Gabrielle, mas pode me chamar de Gabi. – piscou para mim.
     - Bom dia... – respondi envergonhado.
     Sempre fora difícil ser pego desprevenido pelo sexo oposto, eu não era reservado a ponto de não conseguir me relacionar, mas minha depravação demorava a vir à tona. 
     - Então, eu sou do Guarujá, litoral!
     - O que faz por aqui? Não tem nenhuma praia ao redor. – brinquei.
     - Vim pegar um livro teu autografado! – piscou novamente.
     - Hum, não acredito, tu veio até mim por um livro autografado? – desconfiei de suas palavras.
     - Acredite – piscou, a garota era a rainha das piscadas.
- Hum, tudo bem, aqui está.
     Peguei um livro no estande para autografar, mas ela me deteve.
     - Nada disso, eu tenho o meu próprio, aqui está, toma!
     Ela trazia no ombro uma pequena bolsa bege, do estilo hippie, e tinha pulseiras de reggae. Seu jeitinho maroto era tranquilo e sem compromisso algum. Peguei o livro e Assinei na contracapa, e fiz um desenho improvisado de dois olhos penetrantes, como os dela e entreguei-a.
     - Nossa, muito bonito, obrigada. – sorriu.
     Me deu outro abraço e eu pude sentir seu cheiro de mar, era tranquilizador, ouvi o barulho das ondas, senti meu pé se afundando na areia, as conchas no raso, o sol no centro do céu pulsando calor sobre nossas cabeças, e a maré... senti uma paz muito grande naqueles braços dourados.
     - Vai escrever algum romance ou continuará nos contos?
     - Estou escrevendo um, é sobre um casal que começa a namorar e sofrem um acidente e perdem a memória juntos...
     - Bem legal, sou viciada em romances, tem algo ai dele para eu ler?
     - Tenho o resumo, mas está em casa guria.
     - Podemos ir buscar?
     Corei.
     - Assim, você mostra para qualquer pessoa? – ela tentou consertar o autoconvite.
     Como era ingênua, não precisava consertar nada, o que mais senti vontade naquele momento era de levar ela para casa e ver toda a extensão daquele corpo dourado, que refletia o sol, mas que não queimava meus olhos, era um delicia olhá-lo, eu estava com tudo.
     - Tá na minha máquina, podemos ir buscar quando eu terminar as vendas por aqui.
     Ela olhou para os livros no estande, todos amontoados, parecia que tinha bastante, mas fora um dia bom de vendas, em media de 30 a 40 vendidos, ótimo.  Os textos que eu publicava no meu canal na internet eram sobre contos adultos, fiquei inseguro por um ano enquanto montava-o para publicar, e não imaginava que fizesse um certo sucesso, e nem que uma sereia viria do mar para me prestigiar, que maré boa era aquela.
     Fitei-a nos olhos, aqueles olhos lindos, e brinquei com o momento:
     - Mas tu merece ler? Não deixo ninguém ler meus rascunhos.
    - HÁ HÁ HÁ – sorriu graciosamente – claro que mereço, sou um amor de pessoa – voltou a piscar – você vai descobrir.
     - Hum, quero só ver.
     - Tenho uma pergunta, quantos anos você tem?
     - Me fale a tua idade primeiro.
     - Tenho 17.
     - Hum.

...

     A tarde escureceu e o calor deu uma trégua, ela ajudou a guardar minhas coisas e voltamos embora. Conversamos sobre algo não tão interessante enquanto voltava, eu sempre me soltava quando chegava em casa, e assim foi dessa vez também, por que seria diferente?
     Obtive algumas informações importantes sobre a sereia, ela realmente veio da praia, era menor, não namorava, tinha sofrido bastante com relacionamentos, estava cursando o ensino médio, queria fazer Direito no ano seguinte, até que o papo ficou interessante.
     - Os escritores são descartáveis – eu disse com a voz fria.
     - Quem disse? Não são não, as pessoas são descartáveis e não importa o que elas são, porém tem as exceções, não apenas os escritores, bobinho. – piscou com um olho depois com o outro – acho que se eu disser que meus três melhores amigos são escritores, você nem acreditaria.
     - Hum, meus parabéns, amigos escritores...
     - Por que virou escritor?
     - Hum, não tive boas experiências, aí passei a apenas escrever, não vivi bons amores.
     - Jura? Quem se apaixonava? Você ou elas?
     - Eu né!
- E elas eram babacas?
     Não respondi, fiquei pensando por um tempo no que dizer, e eu não diria que eram, mas também nada saiu, e continuei assim, meu silêncio não me incomodou, e parecia que nem a ela, até que me falou:
     - Não quis ofender, desculpa. – segurou minha mão.
     - Tá tudo bem, estava apenas pensando, e não, elas não eram babacas, eu costumava trair a confiança delas, e elas pisavam em mim depois disso, e me trocavam pelos ex, ou então ficavam solteiras curtindo, nada do que eu não merecesse.
     - Não entendo vocês homens.
     Eu não entendi muito bem o que ela quis dizer com aquilo, mas a conversa continuou falando sobre decepções, mas eu tive que falar à ela.
     - Errei porque era moleque, hoje sou homem, ninguém mais sofre comigo, não por minha culpa. Depende da fase em que tu se relaciona com a pessoa, da fase de ambos, elas têm que ser compatíveis caso queira que haja harmonia e sintonia se não, será óbvio que uma hora ou outra não dará certo.
     - Meu primeiro namorado começou a namorar minha melhor amiga duas semanas depois que a gente terminou.
     - Quantos anos ele tinha?
     - A sua idade.
     Engoli seco.
     - Quantos anos tu tens mesmo? – perguntei de novo para confirmar.
     - 17.
     - A maioria dos homens amadurece bem depois... isso quando amadurecem. E tu está nova, vai aprender muito, vai quebrar muito a cara, para aprender e ficar cada vez mais forte – sorri.
     - Já quebrei a cara muitas vezes antes, estou sossegada, sei que vai acontecer, nem sinto ódio por esse ocorrido.
     - Muitas vezes? Sei como é. Vivi bastante em pouco tempo, mas isso é fase, tu ainda vai começar a viver, com 17 ainda não se tem uma vida completa.
     - Tomara. – sorriu insegura.
     - É só ter calma e escolher a pessoa certa. – desta vez fui eu quem piscou.
Ela me olhou e reclinou a cabeça para o lado.
     - Você fala como se houvesse um abismo entre nossas idades.
Limpei a garganta.
     - Apenas conselhos, imagino que devo ter vivido de forma diferente de alguém da minha idade.
     - Mas quantos anos você tem?

...

     Chegamos finalmente em casa, abri a porta e ela entrou primeiro, corajosa. A primeira garota que entrou na frente saiu pensando estar grávida - foi caoticamente engraçado - mas só rimos depois que resolvemos o problema, ou quando notamos que ele não existiu. Fechei a porta e tranquei. O barulho da chave vedando a entrada de qualquer pessoa me dava à segurança de que teria bons momentos e que dependia só de mim e das minhas mãos e boca. Minha máquina ficava logo no corredor de entrada, e ali estava o rascunho, peguei, conferi e entreguei à ela. Seus olhos verdes claros deram uma rápida passada pelo resumo e ela disse:
     - São os resumos dos capítulos?
     - Isso mesmo.
     - Mas se eu ler tudo não terá graça depois.
     - Hum...
     - Ai quando tu lançar o livro eu compro e leio, tudo bem?
     - Deixa pra lá então guria. – respondi nervoso.
     - Eu quero ler.
     - Então leia!
     - Não precisa ficar nervoso.
     - Hum... Hum...
     - Vim até aqui poxa... Relaxei e a beijei. Tinha o gosto do litoral, meio salgado e quente como a areia, a língua era macia, surfava na minha boca e a minha na dela, não queria parar de beijá-la, fiquei grudado, sem vontade alguma que acabasse, e minha mão? Nadava no teu corpo, descendo da nuca pelas costas, e fazendo a curva no teu quadril, tinha bunda redonda e formosa, apertei com a palma da mão e ela soltou um leve gemido.
     Aproximei mais meu corpo e a prendi na parede.
     A outra mão puxava seus cabelos que embaraçavam nos meus dedos, sua perna se levantou e eu a segurei e levantei ainda mais, ela estava de saia jeans curta, subi mais com meus dedos sobre sua coxa torneada, senti a popa da sua bunda e fiquei todo animado.
     O beijo era cada vez mais intenso, e o gosto salgado deu espaço para a profundidade do oceano, o mel da sua boca deixava meus lábios encharcados e quando as bocas se separavam ela tornava a me sugar e eu a ela.
     Ficamos trocando assim, e minha mão ia surfando nas ondas do seu corpo. Levantei as pontas da sua saia jeans e a bati de leve contra a parede, com meu corpo ainda mais colado ao dela. Seus olhos baixaram me filmando e sua mão se entrelaçou na minha cintura puxando contra si, senti o impulso e minha calça estava quase furando.
     Puxei sua calcinha para baixo, e ela levantou seus pezinhos para me ajudar, tirei, era rosa e perfumada. Com as duas mãos cravei nas suas pernas colocando ela suspensa no meu colo e a depositei lentamente no braço do sofá.
     O beijo continuava, e nossas cabeças iam de um lado para o outro, curtindo o seguimento intenso dos lábios que não se desgrudavam. Subi as mãos para seus seios por cima da sua blusinha de calor, e os apertei ao mesmo tempo, seu corpo se contorceu para trás e para frente – como uma gelatina – e tirei as duas alças até que estava sem a parte de cima, sem sutiã. Os bicos rosados apontados para mim... me chamavam e eu cai de boca, lentamente, acariciando com a língua cada um dos dois, fazendo movimentos iguais em ambos, enquanto a olhava com as vistas reclinadas sobre seu peito.
     Seus dedos cruzaram minha nuca e apertaram contra ela, minha boca engoliu boa parte do peito então perdi o fôlego, me desvencilhei e dei um súbito beijo ofegante. Meus dedos molharam no mel das suas coxas grossas, e notei que ela estava no ponto.
      Tirei minha calça num instante e peguei-a no colo, se encaixou perfeitamente, e com os braços firmes a levantava e descia, levantava e descia, como na academia, e nossas bocas continuavam coladas.
     Meus braços ficaram cansados, então gentilmente a coloquei no chão, seus pezinhos que estavam quentes tocaram o piso gelado e ela deu um suspiro gracioso, fiquei ainda com mais tesão e explodi, o lobo me tomou. Arranquei seu saia jeans e joguei longe, a abracei forte e beijei com fúria, foi rápido, tirei minha boca a deixando querendo mais e a virei de costas e empurrei para a parede, ela se apoiou com as duas mãos para não cair, e eu fora de mim uivando de prazer, me posicionei habilidosamente atrás dela segurando seu quadril com as mãos determinadas, feito garras de lobo, e penetrei gostoso.
     Inclinei suas costas e dei alguns passos para trás, de modo que ela ficasse com os braços esticados acima da cabeça segurando a parede com o corpo inclinado para trás encaixado no meu que penetrava vagarosamente, com muita energia e desenvoltura. A noite não era das mais silenciosas, músicas agitadas tocavam lá fora na vizinhança, minha rua era movimentada no final de semana, e eu seguia o ritmo das pancadas sonoras,
bombando,
bombando,
Forte,
Sem parar,
     Às vezes penetrava com tanta força que ela dava alguns passos para frente se desequilibrando e entre gemidos contidos se endireitava cada vez mais inclinada para mim, se abaixando, toda empinada e com os olhos para o chão, se controlando de tesão, e eu bombando, e vendo o suor brotando nas suas costas.
     Fixei no teu cabelo e então estiquei o braço, peguei-o, enrolei na mão e puxei, ela ficou com a cabeça pensa para trás, e com a bunda cada vez mais arrebitada, e eu não perdoava, num encaixe perfeito rasgava aquela garota dourada.
Parecia que ela estava cansada, mas eu era insaciável, continuei penetrando, e segurei no teu quadril e fui andando para trás às cegas e sentei no sofá. Não paramos, continuei manuseando ela, agora ela descia e subia, com as palmas das mãos tocando minha coxa quando sentava, e seu cabelo flutuando enquanto subia, e assim ficou sentando e subindo, quicando e quicando.
     Me afundei no sofá e fiquei vendo aquela bunda redonda em cima de mim, era uma sereia, com curvas acentuadas – como a descida da serra.
     Nos levantamos e eu coloquei ela de quatro sobre as almofadas do sofá e me encaixei, não tinha dificuldade para penetrá-la, não importava onde estava, tudo dava certo, estava sempre na altura e eu aproveitei a maré de sorte e depositei toda minha energia, eu e ela gritávamos e gemíamos de prazer, era a sintonia mais insana que já existiu, e a vontade não se supria, pensei até que nunca iria desgrudar, e penetrei, com tanta força que ela parecia querer chorar.
     Não chorou e eu diminuí a velocidade, sentindo seus lábios me engolirem, e ela começou a rebolar, a danada ainda tinha fôlego para dar uma rebolada, muito bem, delícia.
     Mexeu bem aquele rabo grande e branco, macio e carnudo, até que comecei a sentir que chegaria lá, peguei no seu cabelo de novo, mas tinha outra finalidade, puxei e sua cabeça inclinou para cima, me estiquei e beijei sua boca, seus lábios estavam quentes e encharcados, assim como todo seu corpo, sorrimos e segurei firme os furos em cima do seu bumbum – lindo cóccix - aqueles furos de encaixe dos dedos eram formidáveis, simplesmente uma das partes mais atraentes de uma mulher.
     Procurei rapidamente a melhor posição e meti com toda disposição que poderia ter, estava cada segundo mais gostoso e quente, então metendo fundo, e ela rebolando, e eu apertando seu corpo, e entrando cada vez mais por seus lábios, e me envergando, e penetrando, e ela gemendo com aquela voz docemente rouca, e meus olhos apertando, e a velocidade diminuindo, e os corpos se colando e tornando apenas um... Pronto, chegamos lá juntos, e foi um êxtase magnífico.
      Rolei para o lado e me sentei, ela fez o mesmo e deitou sobre meu peito, sua cabeleira grudou em mim, e eu gostei, acariciei sua cabeça, respirávamos forte, e passei a pensar como seriam meus finais de semana na praia. 



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Conto - Cheer [+18]

Boa noite, todos nos precisamos de um pseudônimo.

Sexta, o dia tinha sido puxado, o calor não dava trégua e eu à caminho da casa de Cheer. Ela tinha mais que o dobro da minha idade, mas de que isso importava? Nos dávamos tão bem e eu nunca havia imaginado isso com outra mulher.

     Ela era de todo encanto, cabelos castanhos avermelhados, longos, bem longos e lisos, da maneira que eu mais admirava. Era baixa, um pouco menor do que eu, a ponto de ter que olhar para cima frente a frente comigo. Tinha a pele branca, um pouco dourada pelo tempo, mas continuava branca e macia, o melhor de tudo estava no rosto, os olhos eram vivos, negros e penetrantes, me petrificava quando me fitava por horas. Suas sobrancelhas arqueavam com suas expressões tranquilas. Teu lábio era coisa de outro mundo, tinha um formato bem desenhado, era uma boca grande e saliente com lábios finos, como se fosse um contorno rosa por sobre o seu rosto jovem e belo. A maçã? Que belas maçãs!

     Sou um cara que me fascino por pés bonitos, cabelos longos e maçãs recheadas, e como a dela era, o sorriso ficava ainda mais bonito quando se abria e levantavam as bochechas e mostrava seus dentes em perfeito alinhamento.

     Bom, depois de vê-los o que me restava era beijá-la, beijá-la e beijá-la, fôlego não me faltava, tão pouco vontade de não separar mais do corpo dela, que corpo... Me pergunto como ela conseguira manter as curvas daquela maneira. Simplesmente garota, na pele de mulher, com espírito ainda de menina. Eu não sei bem explicar, era incrivelmente bom, como eu nunca imaginara encontrar, era intenso, era seguro, era confortável, era Cheer.
     Entrei no seu apartamento, sua filha tinha saído. Era uma adolescente de seus 16 anos, com cabelos curtos e negros, maquiagem escura, piercing de argola no nariz e um rosto um pouco gótico, mas não era gótica, escutava MPB, mas aparentava ser uma roqueira revoltada com a vida.

     Pegamos as cervejas e antes de subir eu a agarrei, meti-lhe um beijo fogoso e a virei de costas, subi seu vestido e penetrei - que saudade que eu estava dela - e de sentir ali dentro, ela se deixou levar, morria de desejo, e queria aquilo tanto quanto eu. O Celular da Cheer tocou e era sua filha, ela estava voltando para casa e a noite ia ser mais limitada infelizmente. Continuei bombando, mas ela me apressava sem intensão, sua filha estava quase para chegar, mas eu não conseguia finalizar assim, de uma hora para outra. Aumentei a velocidade e apertei seu cóccix contra meu corpo e urrei, a ejaculação não chegava, mas eu mesmo assim tentava sem parar, era uma meta a cumprir. Escutamos os passos subindo a escada e fui ainda mais rápido, nossas coxas batendo fazia barulho, mas era inevitável. A chave tocou a fechadura e ela abriria a porta, nos pegaria no flagra e sabe lá Deus o que seria daquela noite. Dei a última bombada e a garota entrou, levantei minha calça e Cheer abaixou o vestido, a menina apareceu na cozinha e acenou para a mãe, avisando que tinha chegado. Ufa, foi por pouco.
     Subimos. Seu apê tinha a parte de cima, a cobertura, uma parte fechada e a varanda aberta, era aconchegante.
     Conversávamos bastante como de costume, os assuntos iam de trabalho até filosofia. Eu gostava de conversar com Cheer, ela era sempre todo ouvidos, e debatia muito bem, tinha opinião forte e atual, era toda moderna, apesar de ter quase a idade da minha mãe eu só via uma garota na minha frente, um linda garota ruiva com um belo corpo, voz grave e sorriso lindamente largo e estonteante. O sorriso mais lindo que já vi. Era isso que via, garota em corpo de mulher, e mesmo assim era enxuta, vibrante e intensa, tanto quanto eu, combinávamos.

     Não demorou muito e nos atracamos, os beijos recomeçaram suaves, com leves toques labiais e muitas trocas de olhares. A ternura era nítida, tão nítida quanto o ar que respiramos. Ela me olhava, seus olhos percorriam cada centímetro do meu rosto e eu só conseguia ver aqueles lábios que de ora em ora se abriam e faziam meu mundo girar mais feliz. Nos levantamos e ela me advertiu de que não podíamos fazer barulho pois sua filha estava no andar de baixo. Aumentamos o som e eu a virei de costas para mim, levantei seu vestido longo, me aproximei mais do seu corpo, senti a quentura que começava a nos queimar, e abaixei tua calcinha, e ela tentou impedir sem saber se faria mesmo.
     - Minha filha está aí doido... não faz isso... aiai... vai com calma... tá seco ainda... isso... humm...

     Assim seria a noite toda, com rápidas e prazerosas rodadas de amor, súbito e proibido amor. Ela se inclinava sobre os móveis enquanto eu a sucumbia por trás. Segurava seu quadril e dançava conforme a música, ora devagar sentindo cada segundo, ora rápido vibrando junto a ela. O prazer era completo, suávamos e gemíamos baixo, para ninguém ouvir, era nosso momento oculto, e assim o desejo ficava mais aguçado e o prazer ainda maior.

     A noite demorava a passar, e tinha bebida e cigarro, fomos levando como dava, ora ou outra se envolvendo silenciosamente, mas o calor impregnou a sala, saímos para a varanda. Lá fora o vento refrescava nossos corpos em chamas, mas nem mesmo a vizinhança me acanhou. Depois de beijá-la a força, virei-a novamente e subi seu vestido, ela segurou sobre a máquina de lavar e ao ar livre a penetrei, a sensação de sentir o vento nos tocando, e o fogo queimando ao mesmo tempo era descomunal.
     Estava viciado no teu corpo, no teu sexo, em amá-la, estava tomado feito um louco por adentrá-la e percorrer teus caminhos mais ocultos. Segurava com firmeza sua cintura, ela não conseguia escapar, tão pouco queria isso, estava tomada pelo vício assim como eu. Rebolava e mexia com delicadeza sobre mim, eu guiava alternando a velocidade e ela me chamava de louco.
     - Seu doido, aqui fora... alguém vai ver...seu doido... ai... continua... Mesmo que ela tentasse me parar eu não iria parar, não tinha como desgrudar, aquela fora a noite que mais enlouqueci e meti. Alternávamos entre beber, conversar e fumar e logo levantávamos para meter. Não tinha maneira de fugir disso, a qualquer momento estávamos grudados. Ela sempre de costas, na ponta dos pés, se curvando para mim, e mexendo o quadril, e eu me mantendo em pé com todo o gás que tinha, indo e vindo, dançando junto com a noite que seguia tranquila.
     O céu estava escuro, não tinha como ver as estrelas porque o tempo estava esfriando e com neblina. Fomos para o muro que dava para a avenida, e com uma bela visão da cidade,  encostei-me à parede, inclinei o corpo dela e levantei seu vestido, ela se encaixou em mim como se sentasse no meu colo ainda de pé, e com os joelhos flexionados continuamos a matar aquela insana vontade. Era puro desejo, fora do normal, não cansei, não parei, não tinha término, prazer a todo o momento, e cada penetração era como se fosse a primeira vez.
     - Nossa, quem diria... está me surpreendendo, você não para... quanto fôlego! – ela dizia.
     Enquanto fumávamos, explicava a Cheer que tinha uma maneira inteligente de fumar, e isso era não tragar, eu não tragava. Pode parecer bobo, até mesmo idiota colocar um cigarro na boca e não tragar, muitos diriam que isso nem era fumar de verdade, mas meu pulmão agradecia e me livrava do estresse, assim como quem tragava e morria aos poucos. Ela tirou sarro no começo, mas passou a entender a ideia. Então de repente, lá estávamos nós, ela de costas com o vestido levantado e eu por trás, com as mãos firmes na sua cintura, beijando teu pescoço e sentindo mais uma vez a quentura do teu corpo.
     Esqueci de mencionar que a bunda de Cheer fora a mais linda que já vi e senti. Era grande, ancuda, branca e macia. Se encaixava que era uma beleza, subia e descia, chacoalhava, se exprimia contra meu quadril e me deixava louco, cada vez mais louco. Quando ela estava de costas eu não parava de olhar e me admirar por aquelas curvas, eram minhas, só minhas. Rebolando, apertando-se, mexendo com tranquilidade, a noite não terminaria tão cedo, e seu vestido não se abaixaria mais, era meu local, nosso prazer.
     Nos grudamos mais de 20 vezes naquela noite, em todo os lugares da varanda e da sala, a noite se foi e a madrugada pesava os olhos. Fomos deitar, e antes de dormir ainda demos mais uma. Quando me deitei senti o corpo se estagnar, tinha feito muito exercício, e estava surrado. O colchão era de ótima qualidade, me afundei e ela deitou em meu peito, trocamos alguns beijos e logo adormeci.
     Pela manhã ela queria mais, eu mal acordei e logo nos atracamos. Cheer estava atrasada para ir trabalhar então tive que avançar os processos. Café tomado e pé na rua. Voltava embora em mais um sábado de ressaca leve, e brisa solar.
     Sozinho, tropeçando nas pedras e refletindo sobre tudo e nada. A vida era fácil, e eu gostava daquilo, já tive momentos difíceis e por isso eu dava valor quando algo de bom me acontecia. Vi Cheer acenar para mim dentro do carro da sua amiga, ela se foi e eu segui meu rumo, sabendo que logo a encontraria de novo, e nossas seções de amor proibido se repetiriam, estava ansioso por esse dia. 



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sexta-feira, 20 de março de 2015

Conto - Dezesseis anos

ESTAMOS EM UM BLOG NOVO

Boa noite Leitores, trago este conto que terminei de modificar, e que investi algumas ferramentas de escrita um pouco avançadas pois me inspirei muito e precisei ocultar algumas cenas inapropriadas, mas sem ocultar a essência que esta historia traz a mim, e espero que apreciem. 

Dezembro de 2013
16 ANOS


Corpo pesado como uma âncora quando encontra terra firme para pousar e descansar toda uma tripulação de piratas. Boca amarga como um limão azedo pelo tempo, e coração batendo solitário feito uma estrela sozinha a brilhar no vasto e infinito universo. Atravessando um dia puxado, sem muito que contar, apenas lembranças ruins para lembrar, uma vontade que transbordava dentro do peito feito veneno querendo sair dos dentes, desejando atenção para suprir a carência deixada por tristezas passadas, querendo mais do que tudo a presença de quem ainda não conheço, mas imagino até do avesso e sinto saudade que não é mais novidade, querendo viver o impossível se for possível, irreal e inimaginável porque fui passado para trás sem notar, flutuando baixo como uma borboleta, sentindo os sinais do triste abandono amargurado em chamas ardentes e sua fumaça cinzenta que me causa tosse e náusea, com um baita de um arrombo no peito feito por bala de canhão, aberto pela falta de cumplicidade e compatibilidade do dia entre a noite mal dormida.

     Sem nenhum tipo de toque físico ou sentimental. As suas pequenas digitais tocaram a tela fosca do meu coração inerente no momento exato em que você apareceu tão distante, mas no fundo tão perto trazendo o esplêndido azul marinho do céu para mais perto da vasta escuridão de minhas vistas embriagadas. Seguindo a trilha mais visível dali, que tinha um caminho incondicionalmente na forma exata que procurei. Quem pode me dizer por onde vou pisar, se eu não tentar um passo após o outro no trilho das tentativas, assim irei escrevendo minha estrada.

     Vindo até onde eu estava me surpreendi. Você se aventurando nesta estrada de barro descalça, sem saber o que poderia encontrar pelo caminho, uma onça ou uma cobra e quem sabe uma bomba debaixo da grama seca. Tentou e cá estávamos juntos e abraçados, logo te observando de cima a baixo como se fosse comprar um produto a ser fatalmente analisado. Segundas intenções me dominaram completamente sem deixar uma ponta do meu corpo a ser controlada por um subconsciente consciente de algo, e não pude resistir à vontade louca que prevalecia diante de mim.

     Sua roupa no chão caiu contundente, você sorriu de uma maneira ardilosa que não foi preciso perscrutar sua solene vontade de brasa. A fluidez da química aparentemente tinha se dissolvido com sucesso, tudo ocorreu bem como o premeditado, e melhorei incontáveis vezes, ficando a dilapidar o frescor daquele momento viscoso, no entanto, em meio à balbúrdia de fumaças brilhei. Nunca imaginaria que essa mulher que me apareceu à porta de casa suplicando socorro, poderia ser tão nova a ponto de expressar inocência no olhar.

     Estava eu buscando um homizio interno para me abrigar, naquela tarde vazia como um estádio fora de época de jogo. O Sol fugaz já estava em fase permuta para dar lugar à Lua e sua luminosidade natural. Os minutos eram como horas perante a minha insensata ânsia de viver algo ainda não vivido. E, num piscar de olhos apareceu-me uma bela garota a procura de aventuras veridicamente. Dotada de uma estatura média, eram alguns centímetros menores do que eu, o que me fez parecer um gigante superior a todos. Seus fios de cabelo com um suave toque de química - quebradiço nas pontas – mostrando a ponta das orelhas brancas, talvez ela não tivesse visto o sol nas férias inteiras. Muitas espinhas semi espremidas e pós-espremidas no rosto que lhe fornecia um teor de adolescente rebelde, fugitiva dos pais em busca de prazer inócuo em terras desconhecidas. Seu vestido azul escuro expressava suas últimas tentativas de passar-se por uma garota madura a sua idade, uma árdua tarefa a se obter sucesso, ainda mais em uma fase de responsabilidade diminuta e maturidade escassa. O pedaço de pano não era longo e nem curto, mas deixando as pernas à mostra. Era um tanto quanto a la “dândi” do que vulgar, provocando-me sensações fleumáticas de ternura – vamos entrar logo para dentro – e por terra cairia este tecido azulado que era preso apenas por um nó feito a mão situado nas costas da garota de espinhas.

     Subindo as escadas “comendo” dois em dois degraus chegamos rápido a porta que dava à sala, o cenário da atual curra que iria se iniciar. Não fui capaz de engodar a minha voracidade em beijá-la com força, mesmo subitamente machucando-a sem querer, estava toda a mercê de meus caprichos que não eram ignóbeis. A pegada que lhe dei fora suscita para ganhar sua pele macia. Meus toques pernósticos em seu corpo de petiz me deixou em posição de domador e a cobri com meu calor. Logo encontrou em segundos a aventura que buscava quando entrou em contato comigo de imediato. Poucos segundos e minha campainha tocara, quem seria a não ser a supracitada? Foi um dia diferente dos demais, sem muito esforço conseguiu unir dois corpos em um, feito carne e unha, uma espécie de alma gêmea como a metade de duas laranjas se juntando após serem cortadas em simetrias correspondentes. No beijo um alarido de sentimentos ígneos disparados dentro da minha caixa de veias e sangue (coração). Com o sangue quente pulsando na testa e nos punhos, o movimento de vai e vem queimava cada centímetro do meu corpo, causando uma tremedeira sem admoesta nas pernas como se estivesse há dias sem comer. O cômodo era como uma sauna pequena e confortável, e aproveitávamos cada segundo desfragmentado do relógio possível. Durante muito tempo as horas pareciam não ter fenecimento e a vergonha ficou implícita diante dos dois corpos nus. Estavam fora dos meus planos, os seus Dezesseis anos.


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