ESTAMOS EM UM BLOG NOVO
Boa noite Leitores, trago este conto que terminei de modificar, e que investi algumas ferramentas de escrita um pouco avançadas pois me inspirei muito e precisei ocultar algumas cenas inapropriadas, mas sem ocultar a essência que esta historia traz a mim, e espero que apreciem.
Dezembro
de 2013
16 ANOS
Corpo pesado como uma âncora quando encontra terra
firme para pousar e descansar toda uma tripulação de piratas. Boca amarga como
um limão azedo pelo tempo, e coração batendo solitário feito uma estrela
sozinha a brilhar no vasto e infinito universo. Atravessando um dia puxado, sem
muito que contar, apenas lembranças ruins para lembrar, uma vontade que
transbordava dentro do peito feito veneno querendo sair dos dentes, desejando
atenção para suprir a carência deixada por tristezas passadas, querendo mais do
que tudo a presença de quem ainda não conheço, mas imagino até do avesso e
sinto saudade que não é mais novidade, querendo viver o impossível se for
possível, irreal e inimaginável porque fui passado para trás sem notar,
flutuando baixo como uma borboleta, sentindo os sinais do triste abandono
amargurado em chamas ardentes e sua fumaça cinzenta que me causa tosse e
náusea, com um baita de um arrombo no peito feito por bala de canhão, aberto
pela falta de cumplicidade e compatibilidade do dia entre a noite mal dormida.
Sem nenhum tipo de toque
físico ou sentimental. As suas pequenas digitais tocaram a tela fosca do meu
coração inerente no momento exato em que você apareceu tão distante, mas no fundo
tão perto trazendo o esplêndido azul marinho do céu para mais perto da vasta
escuridão de minhas vistas embriagadas. Seguindo a trilha mais visível dali, que tinha um caminho
incondicionalmente na forma exata que procurei. Quem pode me dizer por onde vou
pisar, se eu não tentar um passo após o outro no trilho das tentativas, assim
irei escrevendo minha estrada.
Vindo
até onde eu estava me surpreendi. Você se aventurando nesta estrada de barro
descalça, sem saber o que poderia encontrar pelo caminho, uma onça ou uma cobra
e quem sabe uma bomba debaixo da grama seca. Tentou e cá estávamos juntos e
abraçados, logo te observando de cima a baixo como se fosse comprar um produto
a ser fatalmente analisado. Segundas intenções me dominaram completamente sem
deixar uma ponta do meu corpo a ser controlada por um subconsciente consciente
de algo, e não pude resistir à vontade louca que prevalecia diante de mim.
Sua
roupa no chão caiu contundente, você sorriu de uma maneira ardilosa que não foi
preciso perscrutar sua solene vontade de brasa. A fluidez da química
aparentemente tinha se dissolvido com sucesso, tudo ocorreu bem como o
premeditado, e melhorei incontáveis vezes, ficando a dilapidar o frescor
daquele momento viscoso, no entanto, em meio à balbúrdia de fumaças brilhei.
Nunca imaginaria que essa mulher que me apareceu à porta de casa suplicando
socorro, poderia ser tão nova a ponto de expressar inocência no olhar.
Estava
eu buscando um homizio interno para me abrigar, naquela tarde vazia como um
estádio fora de época de jogo. O Sol fugaz já estava em fase permuta para dar
lugar à Lua e sua luminosidade natural. Os minutos eram como horas perante a
minha insensata ânsia de viver algo ainda não vivido. E, num piscar de olhos
apareceu-me uma bela garota a procura de aventuras veridicamente. Dotada de uma
estatura média, eram alguns centímetros menores do que eu, o que me fez parecer
um gigante superior a todos. Seus fios de cabelo com um suave toque de química
- quebradiço nas pontas – mostrando a ponta das orelhas brancas, talvez ela não
tivesse visto o sol nas férias inteiras. Muitas espinhas semi espremidas e
pós-espremidas no rosto que lhe fornecia um teor de adolescente rebelde,
fugitiva dos pais em busca de prazer inócuo em terras desconhecidas. Seu
vestido azul escuro expressava suas últimas tentativas de passar-se por uma
garota madura a sua idade, uma árdua tarefa a se obter sucesso, ainda mais em
uma fase de responsabilidade diminuta e maturidade escassa. O pedaço de pano
não era longo e nem curto, mas deixando as pernas à mostra. Era um tanto quanto
a la “dândi” do que vulgar, provocando-me sensações fleumáticas de ternura –
vamos entrar logo para dentro – e por terra cairia este tecido azulado que era
preso apenas por um nó feito a mão situado nas costas da garota de espinhas.
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